Dois golpistas que vivem de enganar mulheres mais velhas e ricas, solitárias, entram em conflito em uma praia badalada na costa do Mediterrâneo. Será que o vigarista mais velho, culto e de alta classe sairá vencedor ou será que o jovem golpista, de pequenos truques, sairá vitorioso nessa aposta? Ao longo de sua carreira Marlon Brando tentou ir para outros gêneros cinematográficos. Principalmente nos anos 1960 ele se permitiu se arriscar em certas aventuras cinematográficas, como por exemplo, tentar atuar em comédias. Isso não foi necessariamente algo bom para ele pois esses filmes não faziam sucesso. O público não queria ver Brando tentando o humor.
De qualquer maneira, como ele próprio deixou claro em sua autobiografia, embora esse filme não tenha sido um dos melhores de sua carreira (ficou muito longe disso) e nem tenha feito sucesso nas bilheterias, foi por outro lado um prazer trabalhar nele, principalmente porque Brando adorava o estilo de fina ironia do ator David Niven. Juntos, eles se deram muito bem e embora Brando não fosse um comediante, aprendeu muito com o trabalho de Niven. Revisto hoje em dia, devo confessar que o humor envelheceu muito, mas o filme, de modo em geral, ainda funciona como uma curiosidade de ver Brando tentando ser engraçado. Ele não era, mas valeu o esforço de tentar fazer algo diferente em sua filmografia.
Dois Farristas Irresistíveis (Bedtime Story, Estados Unidos, 1964) Estúdio: Universal Pictures / Direção: Ralph Levy / Roteiro: Stanley Shapiro, Paul Henning / Elenco: Marlon Brando, David Niven, Shirley Jones, Dody Goodman, Aram Stephan, Parley Baer / Sinopse: Dois vigaristas que vivem de enganar mulheres ricas e solitárias se enfrentam em um balneário de luxo.
Pablo Aluísio.